Ao longo dos anos, o elastano tem se mostrado um componente essencial na fabricação dos tecidos para peças de roupas, fazendo parte dos segmentos que abrangem desde moda íntima até roupas esportivas de alta performance.
O elastano é conhecido por sua capacidade de resiliência, ou seja, esticar e voltar para seu estado natural, o que o torna um componente super valorizado dentro da confecção para produção de roupas.
Mas como ele surgiu? Em 1959, Joseph Shivers, um químico americano, através de uma reação química complexa de poliuretano termoplástico sintético, conquistou os corações dos criadores de moda e modelistas.
A partir desse momento, ele começou a ser incorporado na criação dos tecidos, ajudando a ter mais durabilidade, elasticidade e resistência.
Como comentamos anteriormente, uma das características mais notáveis do elastano, é a capacidade de esticar até 7 vezes o seu comprimento e voltar ao seu estado original, sem alterar suas propriedades elásticas.
O elastano também oferece excelente resistência ao desgaste, mantendo o tecido intacto por bastante tempo mesmo após diversas lavagens e usos intensivos.
Como o elastano contribui para a longevidade das peças, tem impacto positivo na indústria têxtil, ou seja, não é descartado facilmente.
A elasticidade do seu componente permite maior conforto ao usuário, trazendo melhor vestibilidade e adaptação às curvas do corpo com sensação de bem-estar. Também é macio e leve que contribui para uma experiência agradável ao usar roupas feitas com esse material.
Além disso, o elastano é um tecido versátil que pode ser combinado com fibras naturais e sintéticas, como algodão, poliéster e nylon. Essa versatilidade permite que seja utilizado em roupas de banho, íntimas, meias-calças, roupas esportivas e muito mais.
Quando se trata de tecidos contendo elastano, é importante destacar que nenhum tecido é composto inteiramente por esse material.
No entanto, a adição do elastano na composição é capaz de modificar as características do produto final.
As alterações do produto proporcionadas pelo elastano trazem melhorias tanto para a modelagem quanto para durabilidade e qualidade dos tecidos.
Para medir o impacto de sua utilização em uma peça, ao adicionar de 2% a 3% de elastano, por exemplo, o tecido ganha mais durabilidade e qualidade.
Já em uma quantidade maior de 10% a 20%, o tecido adquire uma elasticidade que anteriormente não era possível, adaptando-se às curvas do corpo e proporcionando leveza.
A capacidade de elasticidade e recuperação evitam que o fio se torne quebradiço, oferecendo uma combinação única de flexibilidade conforto e durabilidade, abrindo novas possibilidades de design e estilos de roupas.
Por ser um tecido funcional, ele também possui resistência à oxidação, transpiração e contato com luz, água do mar e cosméticos.
Quando se fala em modelagem, o elastano permite diferentes criações de peças, além de ser menos complexo. Por conta da resiliência, dispensa o uso de alguns tipos de fechos, tornando a vestibilidade mais simples. Confira algumas peças em que o elastano pode ser aplicado:
Roupas íntimas;
Calças jeans;
Roupas esportivas;
Roupas de banho;
Meias e meias-calças;
Camisetas e blusas;
Saias e vestidos.
Encolhimento de tecidos com elastano ao produzir uma peça de roupa.Ao utilizar tecidos que possuem percentual de elastano em sua composição, é necessário considerar que deve ser incluída uma porcentagem de encolhimento na modelagem.
Segundo o SEDUC, principalmente em ateliês, recomenda-se lavar o tecido e deixá-lo descansar por 12 horas, em seguida, estender o mesmo sem torcer o tecido na sombra. Já nos processos industriais, é necessário também passar por processos de descanso, lavagem, vaporização, além de testes de encolhimento e reações adversas de acordo com o segmento de moda.
Pode-se considerar vantagem utilizar um sistema CAD para indicar o encolhimento do tecido no molde automaticamente, além de poder indicar o sentido do fio nas partes do molde.
Na Molde.me, aplicar o encolhimento na modelagem é muito simples, ao acessar o estúdio de modelagem, selecione o molde, e aplique o percentual desejado. Confira o tutorial completo em: Propriedades do Molde.
A indústria da moda é a segunda mais poluente do mundo, tendo milhões de toneladas de desperdício. Cada vez mais se busca por opções com recursos naturais e métodos de reclagem.
Embora o elastano seja valorizado por suas propriedades elásticas e duráveis, é importante considerar os desafios relacionados à sua composição e reciclagem.
O elastano é um polímero sintético derivado do petróleo, o que significa que sua produção está associada ao consumo de recursos não renováveis e à emissão de gases de efeito estufa.
No entanto, a indústria têxtil está se esforçando para encontrar soluções mais sustentáveis para o elastano.
Uma abordagem promissora é a incorporação de elastano reciclado, que utiliza resíduos de elastano existentes em vez de produzir novos.
A reciclagem do elastano pode ser um desafio devido à sua estrutura complexa, mas pesquisas e avanços tecnológicos estão explorando maneiras de tornar essa prática mais viável.
Além disso, outra área em que a sustentabilidade pode ser abordada é o desenvolvimento de elastano biodegradável.
Atualmente, existem pesquisas em andamento para criar versões de elastano que possam se decompor naturalmente após seu ciclo de vida útil, reduzindo o impacto ambiental e a acumulação de resíduos.
Com a contínua pesquisa, inovação e conscientização, é possível desenvolver práticas e tecnologias que reduzam o impacto ambiental do elastano, promovendo uma moda mais sustentável e equilibrada.
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